O desempenho escolar no Acre voltou a chamar atenção com dados recentes que mostram que o estado ocupa a 23ª posição no ranking nacional de frequência escolar no ensino fundamental. Essa posição revela que 93,4% das crianças e adolescentes entre 6 e 14 anos estão frequentando regularmente a escola, dentro da faixa etária adequada, segundo levantamento nacional de educação.
Apesar desse índice ser relativamente elevado, a colocação no ranking evidencia que há estados com melhor desempenho, o que sugere que o Acre ainda enfrenta desafios estruturais e sociais para elevar a taxa de frequência escolar para patamares de excelência. A 23ª posição indica que, embora a maioria esteja matriculada e frequentando, existe uma parcela que por diversos motivos não conclui o ciclo escolar na idade esperada — seja por evasão, dificuldade de acesso ou outras barreiras.
A realidade mostra que a educação no Acre precisa de políticas robustas que assegurem o acesso e a permanência dos alunos na escola. Investir em infraestrutura, transporte escolar, merenda, recursos pedagógicos e atenção à diversidade socioeconômica contribui para que a frequência escolar não seja apenas um dado estatístico, mas uma realidade vivida por todos. Isso exige compromisso do poder público, comunidades e famílias.
Por outro lado, o dado de 93,4% indica avanços e condições favoráveis para que crianças e adolescentes obtenham educação formal. Isso demonstra que as escolas e os sistemas educacionais do estado — com seus esforços e limitações — ainda cumprem um papel essencial na garantia de ensino básico, sendo porta de entrada para a cidadania, oportunidade e desenvolvimento dos jovens.
Contudo, a frequência escolar no ensino médio no Acre revela um quadro mais preocupante, com taxas inferiores às desejadas, o que pode comprometer a continuidade dos estudos e a conclusão da formação básica. Esse contraste entre ensino fundamental e ensino médio exige olhar atento das políticas públicas, que devem pensar em estratégias não só de acesso, mas de permanência e conclusão.
A longo prazo, é fundamental que a educação no Acre contemple também a qualidade do ensino — com base no desempenho, na permanência dos estudantes, no apoio pedagógico e em ambientes escolares acolhedores — além de garantir a frequência. Isso reforça a ideia de que educação não é apenas presença em sala de aula, mas também aprendizagem efetiva e preparação para o futuro.
No contexto local, cada avanço na frequência escolar representa não só um número ascendente em um ranking, mas a possibilidade real de transformação social. Jovens que permanecem na escola têm maiores chances de desenvolvimento, de acesso ao ensino superior ou formação profissional e, consequentemente, de contribuir para o progresso da sociedade acreana.
Os dados recentes mostram que o Acre vive um momento de atenção à educação: embora já apresente resultados relativamente positivos na frequência escolar, há espaço para melhorias significativas. A superação de desafios históricos depende de políticas integradas, investimentos reais e do comprometimento de toda a comunidade — educação, famílias, órgãos públicos e sociedade civil — para garantir que toda criança e adolescente possa aprender, crescer e sonhar.
Autor: Kotova Belov
