O Tribunal de Justiça do Estado do Acre (TJAC) ganhou visibilidade recentemente ao valorizar a atuação de suas magistradas em uma cerimônia dedicada ao enfrentamento da violência de gênero. A cerimônia reuniu juízas e juízes de diferentes comarcas, reforçando o compromisso do Judiciário acreano com a proteção dos direitos das mulheres. Esse reconhecimento expõe publicamente o papel das mulheres na magistratura e reforça a importância da sensibilidade e da perspectiva de gênero na administração da Justiça.
A iniciativa evidencia um esforço institucional para intensificar a resposta judicial a casos de violência doméstica e familiar. Por meio da Coordenadoria Estadual das Mulheres em Situação de Violência Doméstica e Familiar, foram planejadas e executadas ações visando agilizar a tramitação dos processos relacionados ao feminicídio e garantir que os casos sejam julgados com efetividade e respeito. A cerimônia funcionou como símbolo de apoio às vítimas e de estímulo ao fortalecimento das políticas de proteção no estado do Acre.
Além do reconhecimento simbólico, a estrutura institucional do Acre vem se adaptando para atuar de forma mais eficaz contra a violência de gênero. A coordenação de varas específicas e o esforço para capacitação de magistrados e servidoras permitiram que protocolos especializados fossem implementados para lidar com casos complexos, assegurando o devido cuidado e observância de garantias legais às vítimas. Isso representa um avanço concreto na oferta de acesso à Justiça para mulheres que vivenciaram violência.
Essa visibilidade das magistradas dentro do sistema de Justiça acreano também serve como exemplo para a sociedade, mostrando que o Judiciário pode e deve atuar com sensibilidade de gênero e com compromisso com os direitos humanos. A valorização da presença feminina reforça a representatividade no ambiente jurídico e contribui para uma cultura institucional mais inclusiva e consciente das desigualdades existentes.
O reconhecimento público dessas magistradas fortalece a confiança da população no Judiciário. Quando vítimas e comunidade percebem que há esforço institucional e compromisso com a causa do combate à violência, isso incentiva denúncias, colabora com a satisfação da justiça e com a prevenção de novos casos. A cerimônia e as ações correlatas do Tribunal passam a funcionar como instrumento de visibilidade e de proteção, além de reafirmar o papel social da Justiça no Acre.
Também há um importante aspecto de mobilização interinstitucional. A atuação coordenada entre o Judiciário, órgãos de proteção, servidores e sociedade civil demonstra que o enfrentamento à violência de gênero não pode ser responsabilidade de apenas um setor. A integração fortalece o sistema de acolhimento e de resposta judicial, contribuindo para que vítimas encontrem amparo efetivo e seus casos sejam tratados com celeridade e seriedade.
Em termos simbólicos e práticos, a valorização das magistradas do Acre em eventos como essa cerimônia implica em maior visibilidade da luta contra a violência de gênero no estado. Isso pode gerar reflexos na criação de políticas públicas mais robustas, maior sensibilização social e apoio sistemático às vítimas. Ao destacar guarnições do Judiciário comprometidas, o Acre envia uma mensagem clara: a violência de gênero será enfrentada com prioridade e responsabilidade institucional.
Por fim, essa postura reforça a importância da Justiça como agente de transformação social. Ao reconhecer, valorizar e dar voz às magistradas que atuam no enfrentamento à violência de gênero, o Acre reafirma seu compromisso com a igualdade, com a proteção das mulheres e com a dignidade humana. Esse esforço contribui para a consolidação de um sistema judicial mais justo, inclusivo e sensível às demandas de quem mais precisa.
Autor: Kotova Belov
