Bruno Garcia Redondo

Bem-estar no trabalho: o setor jurídico está ignorando suas prioridades?

By Kotova Belov 4 Min Read
Bruno Garcia Redondo questiona se o setor jurídico tem deixado o bem-estar profissional em segundo plano.

Segundo Bruno Garcia Redondo, historicamente conhecido por sua rigidez, jornadas extensas e cultura de alta performance, o setor jurídico está passando por uma mudança cultural significativa. Escritórios de advocacia, departamentos jurídicos corporativos e até órgãos públicos estão repensando práticas de gestão e criando políticas voltadas ao bem-estar dos profissionais. 

Essa transformação é impulsionada tanto pela pressão por melhores condições de trabalho quanto pela necessidade de atrair e reter talentos, especialmente entre as gerações mais jovens, que valorizam equilíbrio entre vida pessoal e profissional. A pandemia de COVID-19 também atuou como catalisadora, acelerando mudanças que há tempos eram discutidas, mas raramente implementadas com seriedade.

A flexibilização do trabalho veio para ficar?

Sim, e no setor jurídico isso tem se materializado por meio de horários flexíveis, regimes híbridos e até mesmo trabalho remoto integral em algumas funções. Escritórios têm permitido que advogados escolham os horários mais produtivos para suas atividades, desde que cumpram prazos e metas. 

Bruno Garcia Redondo
Bruno Garcia Redondo analisa os impactos da negligência com o bem-estar no ambiente jurídico.

Além disso, Bruno Garcia Redondo ressalta que o home office passou de solução emergencial para política estruturada, com suporte tecnológico e diretrizes claras. Essa flexibilidade tem ajudado a reduzir o estresse, melhorar a produtividade e aumentar a satisfação dos colaboradores, especialmente aqueles com filhos pequenos ou outras responsabilidades pessoais.

O bem-estar pode coexistir com a alta performance?

A antiga crença de que longas jornadas e pressão constante são indispensáveis à excelência jurídica está sendo questionada. Escritórios que apostam em cultura de bem-estar têm observado que colaboradores saudáveis, motivados e descansados entregam melhores resultados, com menos erros e mais criatividade. 

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De acordo com Bruno Garcia Redondo, a gestão por metas claras, aliada ao respeito pelos limites individuais, mostra que é possível manter alto desempenho sem sacrificar a saúde mental e física. A chave está na confiança mútua e na promoção de ambientes psicológicos seguros, onde os profissionais se sintam à vontade para expor dificuldades sem medo de retaliações.

Os líderes estão preparados para promover o bem-estar?

A liderança tem papel fundamental na efetivação de qualquer política de bem-estar. Ainda que muitos líderes do setor jurídico tenham sido formados em um ambiente rígido e hierárquico, há um movimento crescente de capacitação e mudança de mindset. Programas de liderança consciente, feedback contínuo e treinamento em empatia estão se tornando mais comuns. 

Para Bruno Garcia Redondo, quando gestores adotam uma postura mais humana, demonstrando vulnerabilidade e promovendo o diálogo, o impacto é profundo e positivo na cultura organizacional. A transformação cultural, portanto, começa no topo — e exige compromisso de longo prazo.

Por fim, apesar dos avanços, há um longo caminho a percorrer, frisa Bruno Garcia Redondo. O setor ainda convive com uma cultura de cobrança excessiva, pouco reconhecimento e estruturas pouco inclusivas. Consolidar o bem-estar como um valor estratégico exige rever modelos de negócio, reformular processos e investir continuamente em pessoas. Também é necessário criar indicadores para medir o impacto das ações de bem-estar e integrá-las à estratégia organizacional. 

Autor: Kotova Belov

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