Rio Acre enfrenta seca severa e se aproxima do nível mais baixo da história em Rio Branco

By Kotova Belov 4 Min Read

O Rio Acre enfrenta seca severa e já se aproxima da pior marca de sua história, trazendo grande preocupação para os moradores de Rio Branco. Nesta segunda-feira, 28 de julho de 2025, a Defesa Civil atualizou o nível do manancial, que atingiu 1,54 metro, apenas 31 centímetros acima do menor registro já documentado na capital acreana, ocorrido em setembro de 2024. A seca no Acre intensifica seus efeitos, colocando em alerta comunidades ribeirinhas e autoridades ambientais.

O Rio Acre enfrenta seca severa justamente num momento em que não houve chuvas nas últimas 24 horas, agravando ainda mais a escassez hídrica. O nível atual, apesar de parecer estável, indica uma diminuição em relação ao domingo, quando a medição havia apontado 1,55 metro. Com a ausência de precipitações e a alta evaporação provocada pelas temperaturas intensas, o cenário se desenha preocupante e com tendência de piora nos próximos dias.

A situação em que o Rio Acre enfrenta seca severa traz consigo riscos sérios, principalmente quanto ao abastecimento de água da população. O sistema hídrico da capital depende do rio para atender milhares de famílias. Com a baixa vazão, as estações de tratamento enfrentam dificuldades operacionais, afetando o fornecimento de água potável e exigindo medidas emergenciais por parte das companhias de saneamento e do governo estadual.

Além do impacto no consumo humano, o Rio Acre enfrenta seca severa também nas atividades econômicas locais, principalmente na navegação e no transporte de mercadorias em comunidades isoladas. Canoeiros, pescadores e pequenos comerciantes veem a logística de escoamento de produtos comprometida, enquanto balsas e embarcações maiores se tornam impraticáveis, ficando encalhadas ou forçadas a operar em horários restritos e com menor carga.

O alerta de que o Rio Acre enfrenta seca severa não é novo, mas ganha contornos mais dramáticos à medida que o volume de água atinge patamares críticos. A Defesa Civil atua com monitoramento diário e planeja ações para minimizar os impactos sociais, como a distribuição de água potável em áreas vulneráveis e a ativação de poços alternativos. Ainda assim, a população já sente os efeitos no cotidiano, com torneiras secas e reservatórios vazios.

Especialistas apontam que o Rio Acre enfrenta seca severa como reflexo direto das mudanças climáticas, agravadas pelo desmatamento e pelo uso irregular do solo nas regiões de nascente e afluência. A destruição das matas ciliares compromete a capacidade de retenção de água no solo, contribuindo para a rápida drenagem dos recursos hídricos. O fenômeno La Niña, somado à degradação ambiental, reforça a estiagem prolongada.

Enquanto o Rio Acre enfrenta seca severa, as memórias das enchentes devastadoras que marcaram a região no passado parecem distantes. Em menos de um ano, a população passou do excesso d’água à escassez extrema, uma oscilação que revela a instabilidade climática da região Norte do país. A situação exige atenção urgente das autoridades federais e estaduais para planejar ações sustentáveis que garantam a segurança hídrica no longo prazo.

A expectativa é de que o Rio Acre enfrente seca severa até o fim do inverno amazônico. Com a manutenção das temperaturas elevadas e a ausência de frentes úmidas, o quadro pode se agravar ainda mais. A Defesa Civil reforça os alertas à população, pedindo uso racional da água e atenção a possíveis medidas restritivas que venham a ser adotadas. A seca no Acre, agora mais severa do que nunca, exige união de esforços e responsabilidade coletiva.

Autor: Kotova Belov

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