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Com casos suspeitos de varíola dos macacos em RO e Bolívia, Acre monta sala de monitoramento

Após a Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa) confirmar, nesta segunda-feira (6), que está investigando dois casos suspeitos de varíola dos macacos em Rondônia, estado vizinho ao Acre, a Secretaria de Saúde do estado (Sesacre) confirmou que foi montada uma sala de situação para acompanhar as suspeitas.

O chefe do Departamento de Vigilância em Saúde da Sesacre, Gabriel Mesquita, disse que acompanha também casos suspeito na Bolívia, que é um país que também faz fronteira com o Brasil por meio do Acre.

“Nós instalamos nossa sala de situação e, desde então, estamos montando um plano de ação, com estratégias que visem minimizar este possível contágio que possa acontecer aqui. Além disso, estamos monitorando de perto, por meio do Cievs [Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde da Regional de Saúde do Juruá, Tarauacá e Envira], juntamente com as equipes da Bolívia e Rondônia de forma que aqui, assim que esse caso seja confirmado ou descartado a gente possa ter essa informação e divulgar para a população”, disse.

Mesquita disse que os casos suspeitos na Bolívia foram enviados para um laboratório na Argentina e ainda não há resultados. No caso de Rondônia, a investigação dos casos está em andamento e amostras já foram coletadas e enviadas ao Laboratório Central de Rondônia (Lacen) e Laboratório de Referência Nacional, em Minas Gerais.

O primeiro caso da doença no Brasil foi confirmado nesta quarta-feira (8) na cidade de São Paulo. O paciente, um homem de 41 anos que viajou à Espanha, está em isolamento no Hospital Emílio Ribas, na Zona Oeste da capital.

No Acre, o chefe do departamento disse que ações, no intuito de conscientizar a população, já estão sendo feitas.

“Nossa primeira ação, que já está sendo tomada, é a intensificação e a informação para nossas vigilâncias dentro das nossas unidades hospitalares. Além disso, a gente já enviou notas técnicas para que as equipes estejam preparadas para identificar possíveis casos e repassar toda informação para a população”, disse.

Suspeitas em Rondônia
Os dois pacientes com suspeita suspeita de varíola dos macacos são agricultores de Rio Crespo (RO), cidade que tem 3,7 mil habitantes e está localizada a cerca de 200 quilômetros de Porto Velho.

Segundo a Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa), esses dois trabalhadores rurais “seguem isolados e clinicamente bem”, sendo monitorados pelas equipes de vigilância em saúde.

A investigação dos casos de Rio Crespo está em andamento e amostras já foram coletadas e enviadas ao Laboratório Central de Rondônia (Lacen) e Laboratório de Referência Nacional, em Minas Gerais.

Segundo o diretor da Agevisa, o resultado das amostras coletadas em Rondônia deve sair nos próximos dias.

Sintomas e transmissão
Os sintomas iniciais da varíola dos macacos costumam ser febre, dor de cabeça, dores musculares, dor nas costas, gânglios (linfonodos) inchados, calafrios e exaustão.

Dentro de 1 a 3 dias (às vezes mais) após o aparecimento da febre, o paciente desenvolve uma erupção cutânea, geralmente começando no rosto e se espalhando para outras partes do corpo.

As lesões passam por cinco estágios antes de cair, segundo o Centro de Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos. A doença geralmente dura de 2 a 4 semanas.

O que é um diferencial indicativo: o desenvolvimento de lesões – lesões na cavidade oral e na pele. Elas começam a se manifestar primeiro na face e vão se disseminando pro tronco, tórax, palma da mão, sola dos pés”, completa Trindade, que é consultora do grupo criado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações para acompanhar os casos de varíola dos macacos.

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