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Brasil tem a quarta maior inflação do G20

Em abril, o Brasil registrou a quarta maior inflação do G20, grupo que reúne as maiores economias do mundo. O Jornal Hoje fez um levantamento com dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, a OCDE.

O aumento de preços é geral e espalhado – do combustível ao óleo de cozinha, do tomate à luz elétrica. E o dinheiro vale cada vez menos.

Até potências econômicas, como Estados Unidos e Alemanha, estão com inflação acima da média neste momento. Uma das razões é a pandemia.

“Muitas indústrias reduziram o seu volume de produção ou até mesmo muitas delas sucumbiram, quebraram, então, nós naturalmente, em função do isolamento social e pandemia, houve esse desequilíbrio entre demanda e oferta. Então, desejo de consumir se manteve praticamente constante, por outro lado, o lado da produção, se encolheu”, explica Otto Nogami, professor de economia do Insper.
A guerra na Ucrânia piorou tudo. Fez disparar os preços de produtos como petróleo, soja e trigo, chamados de commodities, que são cotados em dólar.

“Todos os preços de energia subiram e várias outras commodities subiram também, então isso tudo dificulta ainda mais o trabalho de você reduzir a inflação”, diz Luiz Fernando Figueiredo, sócio fundador da Mauá Capital e ex-diretor do Banco Central.
Mas não é porque a inflação está em todo lugar que ela é igual para todo mundo. Alguns países sofrem mais do que outros e têm taxas mais altas.

No G20, grupo que reúne as vinte maiores economias do mundo, o Brasil só fica atrás da Turquia, que tem quase 70% de inflação, da Argentina, com 58%, e da Rússia, que está em guerra, e registrou 17% até abril. O Brasil acumulou mais de 12% em doze meses.

E o que faz a inflação subir mais ou menos são também as questões internas de cada país.

“Dentre os principais problemas do Brasil, o principal que explica a alta de inflação hoje é a condução da política fiscal, então a gente vem aí de dois anos de expansão de gastos com alto endividamento público e isso gera questões”, conta a economista Tatiana Pinheiro
O Banco Central vem subindo o juros para aliviar a inflação, mas especialistas alertam que é preciso pensar em políticas de efeito mais duradouro para fortalecer a economia brasileira.

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