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Área onde desapareceram jornalista e indigenista é 2ª com mais inquéritos por garimpo ilegal

Tabatinga, município do Amazonas na região da tríplice fronteira onde desapareceram o jornalista inglês Dom Phillips e o indigenista Bruno Araújo Pereira, foi a segunda cidade na qual a Polícia Federal mais instaurou inquéritos policiais (IPL) por garimpo ilegal no estado do Amazonas na última década, segundo dados obtidos pela CNN via Lei de Acesso à Informação (LAI).

De acordo com a União das Organizações Indígenas do Vale do Javari (Univaja). Phillips estava indo para uma localidade, chamada Lago do Jaburu, para entrevistar indígenas e Pereira o acompanhava. De acordo com as entidades, o indigenista é alvo de ameaças de madeireiros e garimpeiros que tentam invadir terras indígenas na região.

Ao todo, o município foi local de 18 possíveis crimes investigados e só fica atrás de Manaus, que teve 76 no mesmo período. O Amazonas, por sua vez, é o terceiro estado que mais registra inquéritos no norte do país – segunda região com mais registros – atrás apenas do Sudeste, onde fica Minas Gerais, o estado com mais inquéritos instaurados.

Em Atalaia do Norte (AM), cidade para a qual o jornalista e o indigenista se encaminhavam quando desapareceram, a PF registrou três IPL. A primeira delas foi registrada em 2014, a segunda em 2020 e a última no ano passado.

Outros dois municípios da região no entorno de Atalaia do Norte tiveram registros de ocorrências da Polícia Federal no período: Benjamin Constant, uma vez em 2015, e São Paulo de Olivença, que teve sete registros – seis em 2013 e um em 2014.

Operações no Amazonas
A Polícia Federal também informou ter organizado oito operações para combater garimpeiros ilegais no estado, entre 2015 e 2021 – uma delas, em 2018, ocorreu na cidade de Tabatinga.

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