O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, levantou a possibilidade de que as recentes queimadas na região amazônica possam ter sido a causa do apagão que afetou os estados do Acre e de Rondônia na quinta-feira, 22 de agosto. Embora a informação ainda não seja oficial, Silveira mencionou que um dos operadores da transmissão relatou uma queimada intensa na área.
O incidente deixou diversas regiões dos dois estados sem energia elétrica. Em Rondônia, cerca de 85% do estado foi afetado, enquanto no Acre, pelo menos 217 mil consumidores ficaram sem luz. As causas exatas do apagão ainda estão sob investigação.
Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o apagão foi resultado do bloqueio automático de equipamentos do sistema de transmissão. Esse bloqueio levou ao desligamento automático das hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, importantes fontes de energia para a região.
O ONS informou que o sistema foi completamente restabelecido às 20h40 da quinta-feira. No entanto, o incidente ressalta a vulnerabilidade da infraestrutura elétrica da região às condições ambientais extremas.
A situação se agrava devido à intensificação da temporada de incêndios na Amazônia e no Pantanal, consequência direta das mudanças climáticas. Na mesma semana do apagão, cidades de dez estados brasileiros registraram episódios de fumaça e queda na qualidade do ar.
A região amazônica enfrenta atualmente sua pior seca em mais de 40 anos. Essa condição climática extrema não apenas antecipou a temporada de queimadas, mas também a tornou mais severa, aumentando os riscos para a infraestrutura e a saúde pública.
O incidente destaca a necessidade urgente de medidas para combater as queimadas e proteger a infraestrutura elétrica da região. Também evidencia a importância de investimentos em fontes de energia mais resilientes e adaptadas às mudanças climáticas em curso.
As autoridades continuam investigando as causas precisas do apagão, buscando implementar medidas que possam prevenir incidentes semelhantes no futuro. Enquanto isso, a população da região permanece em alerta para possíveis novos problemas no fornecimento de energia.