Dra. Thaline Neves destaca como o ecocardiograma fetal e outros exames ajudam a proteger o coração do bebê desde o útero.

Cuidando da saúde do coração do bebê ainda no útero: conheça o ecocardiograma e outros exames importantes

By Kotova Belov 6 Min Read
Dra. Thaline Neves destaca como o ecocardiograma fetal e outros exames ajudam a proteger o coração do bebê desde o útero.

Durante a gestação, o acompanhamento da saúde fetal é fundamental para prevenir complicações. De acordo com a Dra. Thaline Neves, a avaliação do coração do bebê ainda no útero é uma das etapas mais importantes no pré-natal, especialmente quando há fatores de risco ou suspeitas de anomalias cardíacas. 

Isto posto, entre os métodos disponíveis, o ecocardiograma fetal se destaca como principal exame de imagem para analisar a estrutura e o funcionamento do coração do feto. Interessado em saber mais? A seguir, conheça os principais exames utilizados, suas indicações e os benefícios de um diagnóstico precoce.

Qual a importância do ecocardiograma fetal na avaliação do coração do bebê?

O ecocardiograma fetal é um exame de imagem semelhante ao ecocardiograma feito em adultos, mas adaptado para observar o coração do feto dentro do útero. Ele permite uma visualização detalhada das estruturas cardíacas, como câmaras, válvulas e vasos sanguíneos, além de possibilitar a análise dos batimentos cardíacos e do fluxo de sangue. 

Saiba com a Dra. Thaline Neves quais exames são essenciais para cuidar da saúde cardíaca do bebê antes mesmo do nascimento.
Saiba com a Dra. Thaline Neves quais exames são essenciais para cuidar da saúde cardíaca do bebê antes mesmo do nascimento.

Segundo a médica proprietária da Clínica View, Thaline Neves, esse exame é essencial quando há suspeita de cardiopatias congênitas ou fatores de risco presentes, como histórico familiar, diabetes materno, infecções durante a gestação ou uso de medicamentos específicos. 

O ecocardiograma fetal pode ser realizado a partir da 18ª semana de gestação e, quanto mais precoce for o diagnóstico, maior a chance de planejar um parto adequado e iniciar o tratamento logo após o nascimento, se necessário. Além disso, esse exame é indolor, seguro tanto para a gestante quanto para o bebê e oferece informações detalhadas que muitas vezes não são visíveis no ultrassom morfológico tradicional.

Quando o ecocardiograma fetal é recomendado?

Nem todas as gestantes precisam realizar o ecocardiograma fetal, mas há situações específicas em que ele se torna altamente indicado. Como comenta Thaline Neves, a recomendação é feita com base em avaliações clínicas, histórico familiar ou alterações detectadas em exames de rotina. Entre os principais cenários em que o exame é indicado estão casos em que há:

  • Histórico de cardiopatias congênitas na família.
  • Mães com doenças crônicas, como diabetes, lúpus ou epilepsia.
  • Infecções virais durante a gravidez, como rubéola ou citomegalovírus.
  • Uso de medicamentos que possam afetar o desenvolvimento fetal.
  • Gestações múltiplas ou complicações detectadas nos ultrassons anteriores.

Mesmo quando o risco é considerado baixo, o exame pode ser solicitado caso surjam dúvidas durante o acompanhamento. Conforme destaca a Dra. Thaline Neves, a conduta médica deve sempre priorizar a prevenção e a segurança fetal.

Quais outros exames ajudam a avaliar o coração do bebê ainda no útero?

Além do ecocardiograma fetal, outros exames podem contribuir para o monitoramento do desenvolvimento cardíaco do feto. De acordo com a médica proprietária da Clínica View, Thaline Neves, a escolha do método depende do estágio da gestação, da saúde da gestante e dos achados em exames anteriores. Abaixo estão os principais procedimentos utilizados.

  • Ultrassonografia morfológica: realizada no segundo trimestre, avalia diversas estruturas fetais, incluindo o coração. Embora não substitua o ecocardiograma fetal, pode indicar sinais que levam à solicitação de exames mais específicos.
  • Doppler fetal: analisa o fluxo sanguíneo entre o cordão umbilical, o coração e outras artérias fetais, ajudando a identificar alterações circulatórias que podem afetar o funcionamento cardíaco.
  • Ressonância magnética fetal (RMF): em casos raros, quando há dificuldade em obter imagens claras por ultrassom, a RMF pode ser usada como complemento para avaliar a anatomia fetal de forma mais detalhada.

Esses exames, utilizados de maneira complementar, ampliam as possibilidades de diagnóstico e auxiliam no planejamento do parto, principalmente quando há suspeita de cardiopatia congênita.

Quais são os riscos de não diagnosticar uma cardiopatia antes do nascimento?

A ausência de um diagnóstico precoce pode dificultar intervenções imediatas após o nascimento. Muitas cardiopatias congênitas exigem cuidados especiais logo nas primeiras horas de vida. Tendo isso em vista, identificar essas condições ainda no útero permite que a equipe médica esteja preparada para atuar com rapidez e eficácia, aumentando as chances de sucesso no tratamento. Isto posto, o não diagnóstico pode levar a complicações respiratórias, dificuldade na oxigenação do bebê e, em casos mais graves, risco de óbito neonatal. 

Além disso, o desconhecimento da condição pode inviabilizar o nascimento em um centro com suporte adequado, como unidade de terapia intensiva neonatal e equipe especializada em cardiologia pediátrica. Por isso, é fundamental que o acompanhamento gestacional inclua a avaliação cardíaca fetal quando houver qualquer indício de anormalidade, garantindo uma abordagem preventiva e mais segura para o bebê e para a mãe, como enfatiza Thaline Neves.

O acompanhamento fetal garante uma vida mais segura

Em conclusão, os exames que avaliam a condição cardíaca do bebê ainda no útero, especialmente o ecocardiograma fetal, desempenham um papel central na medicina fetal moderna. Já que a realização desses exames em casos indicados permite identificar precocemente alterações que poderiam comprometer a vida do recém-nascido. Dessa forma, com um diagnóstico claro, é possível tomar decisões mais assertivas e oferecer os cuidados adequados desde o nascimento.

Autor: Kotova Belov

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